Em mais um capítulo de uma batalha judicial entre a empresa alemã dona da marca Volkswagen e a montadora chinesa GWM envolvendo acusações de violação de propriedade intelectual, iniciada em 2022 , o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Rio de Janeiro), em decisão de Maio/24, negou um recurso apresentado por ambas as partes.

A briga começou em 2022 depois que a Volkswagen entrou com uma ação contra a GWM no Rio de Janeiro, para anular 2 desenhos industriais registrados pela concorrente no INPI por supostamente plagiarem o desenhos industriais do Fusca, lendário modelo de carro produzido pela empresa alemã desde 1938.

 

marca Volkswagen

Em Fevereiro de 2023 a montadora alemã chegou a conseguir uma liminar que suspendeu os registros dos desenhos industriais da empresa chinesa (mídia especializada vem chamando de Fusca Chinês) mas a liminar acabou sendo derrubada pela segunda instância da justiça federal do RJ.

Leia essa matéria Violação de Propriedade Industrial Gera Indenização Independente de Prova do Prejuízo

Dona da Marca Volkswagen tem cenário revertido  

Na ocasião, a juíza observou que para anulação dos desenhos industriais da GWM seria necessária a comprovação do risco concreto de prejuízo para a Volkswagen, o que não teria sido demonstrado no processo, segundo ela.

“Considerando que o escopo da ação é o debate da propriedade industrial registrável perante o INPI, e que as agravadas (a Volkswagen alemã e a brasileira) não apresentaram nenhuma documentação comprovando a titularidade de registros de desenhos industriais vigentes, aptos a demonstrar o direito de uso e exploração exclusivos das formas plásticas ornamentais em questão, não vislumbro risco de dano à atividade comercial desta”.

Ela ainda destacou que a Volkswagen teria demorado a buscar o judiciário para discutir a questão:

“Houvesse efetivo perigo de dano, as autoras agravadas não teriam aguardado cerca de nove meses desde a decisão de deferimento para recorrer ao Poder Judiciário”.

Fato é que essa é uma briga de cachorro grande, entre duas gigantes do setor automotivo, e ainda renderá muita discussão.

Fonte: Consultor Jurídico

Imagem: iStock 

WhatsApp chat